CLASSE JUVENIS- L 10 - Existem Anjo e Demônios?

EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO BEACON.

Ao redor dessa Pessoa real pairavam os serafins ("seres ardentes"; não devem ser confundidos ou identificados com querubins, "seres brilhantes").13 Indignos de olhar para a Deidade, eles cobriram seus rostos e seus pés diante da sua santidade majestosa.

b) O padrão celestial de serviço (6.3-4). Além dos seus rostos e pés reverentemente cobertos, as asas e vozes dos serafins estavam em perfeita prontidão para cumprir a sua missão e cantar em um antifônico coro sua tríplice expressão de santidade ao Senhor dos Exércitos1.4 O padrão de serviço deles é de reverência, prontidão e júbilo; e é o que mais apropriadamente condiz com Aquele cujo "majestoso esplendor enche toda terra!" (Moffat). Não é de estranhar que os fundamentos dos umbrais das portas do Templo vibraram enquanto o cântico de santidade ressoava e o Templo começava a encher-se com a fumaça da Shekinah celestial!

3. A Visão da Deficiência Humana (6.5)

a)A vileza do "eu" (6.5a). Somente os santos vêem a Deus e vivem (Êx 33.20; Mt 5.8); assim, torna-se imperativo àquele que mais tarde vai dizer: "Ai!", para Jerusalém, primeiro clamar: ai de mim! Qualquer homem na presença do Eterno está profundamente consciente da sua própria insignificância, mas um homem de lábios impuros diante de tal Presença só pode repugnar sua pequenez. Bem, por isso, Isaías só pode exclamar: "Só posso emudecer" (como diz no hebraico), "indigno de cantar louvores a Deus ou proclamar a mensagem de Deus". Um homem de lábios impuros não pode dizer sinceramente: "Santo, santo, santo". Visto que os lábios expressam o que se passa na alma, sua impureza é uma evidência clara de um coração impuro. Se Isaías fosse viver em nossa época, ele nos advertiria que o "dom de tagarelice" pode não ser um dom, mas um perigo. Certamente, um homem desbocado não é um embaixador apropriado ou um mensageiro de um Deus santo. A carnalidade geralmente se concentra em uma expressão característica em cada vida. Com Isaías ela violou seus lábios. Qualquer pessoa impura logo estará arruinada.

b)A vileza da sociedade (6.5b). Isaías percebeu que as pessoas no meio das quais ele vivia eram um povo de impuros lábios. Como a doença de uma planta geralmente se torna evidente na sua florescência, assim qualquer falta no homem é geralmente manifesta em seu falar (Tg 3.2). Tendo observado a adoração celestial, o profeta estava dolorosamente consciente dos defeitos na devoção do seu povo. A condição leprosa do seu rei não era nada em comparação com o próprio falar leproso do povo, com suas palavras amargas e precipitadas, suas orações formais e insinceras, suas conversas duras contra a providência divina (Jd 15b). No entanto, mesmo quando os lábios são impuros, ainda podemos regozijar-nos se nossa visão é capaz de ver a Deus, porque o Espírito divino pode usar esse portal da alma para operar uma transformação. Olhos que viram o rei, o SENHOR dos Exércitos, devem levar o coração a clamar por purificação.

4. A Brasa da Purificação (6.6-7)

a) Do altar da expiação (6.6). O altar do qual a brasa foi tirada sugere o sacrifício que acabara  de ser consumido  pelo fogo do altar.  E  por trás do fogo e do óleo está o derramar do sangue com sua expiação pela alma (Lc 17.11).

b)
Para  a  purificação  da  iniqüidade  (6.7). Um  dos serafins  com uma  brasa viva tocou o profeta no local de sua  maior  necessidade.  O Calvário  proveu um Pentecostes para cada crente impuro. "Perdão e impureza são as condições similares da obra do pro­ feta e da inteireza da sua própria vida espiritual".16 O ministrante celestial chamou atenção aos dois elementos de grande mudança: tua iniqüidade (oscilação)1 7  foi tirada, e purificado (expiado) 18  o teu pecado (mal dade).1 9 Assim, pelo fogo do amor divino2 º toda a impureza pecaminosa foi queimada da boca e coração do profeta.

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