Nos
dois capítulos anteriores, os temas abordados foram, respectivamente, a
preguiça — usar o tempo no minimum (do latim, que significa mínimo, “o menor de
todos”) — e o ativismo — usar o tempo no maximus (do latim, que significa
máximo, “o maior de todos”). Neste capítulo, entretanto, observar-se-á o
equilíbrio entre as duas condutas — o optimus (do latim, que significa ótimo,
“o melhor de todos”), superlativo absoluto sintético de bom, muito bom,
magnífico, excelente.
Esse
desfrutar das riquezas do tempo com sabedoria {optimus) é algo realmente
importante, e fará, no fim, toda a diferença, trazendo honra e alegria àqueles
que se adequarem, que otimizarem o ritmo da vida segundo a vontade de Deus,
aprendendo a navegar nas águas caudalosas da existência humana. No mundialmente
famoso livro infantil O Pequeno Príncipe, que tem como protagonista um menino
que viaja por vários planetas e, por fim, chega à Terra, aparece um homem que é
acendedor de lampião. Este lamenta que não consiga descansar, pois seu planeta
gira muito rapidamente, a tal ponto que o dia ali dura apenas só um minuto.
Assim, no lapso de sessenta segundos, o homem tem que acender o lampião (à
noite) e, um minuto depois, apagá-lo (durante o dia), o que lhe consome as
forças. Ele faz isso somente por causa do regulamento do planeta. Observe-se
parte do diálogo com o pequeno príncipe:
— Eu executo uma tarefa
terrível. Antigamente era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o
resto do dia para descansar e o resto da noite para dormir...
— E depois disso, mudou
o regulamento?
— O regulamento não
mudou — disse o acendedor. — Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano
gira mais depressa, e o regulamento não muda!
— E então? — disse o
principezinho.
— Agora, que ele dá uma
volta por minuto, não tenho mais um segundo de repouso. Acendo e apago uma vez
por minuto!
O principezinho considerou-o, e [...] quis ajudar o amigo.
— Sabes? Eu sei de um modo de descansar quando quiseres...
— Eu sempre quero — disse o acendedor.
— Pois a gente pode ser, ao mesmo tempo, fiel e preguiçoso.
E o principezinho prosseguiu:
— Teu planeta é tão pequeno, que podes, com três passos, dar-lhe a
volta. Basta andares lentamente, bem lentamente, de modo a ficares sempre ao
sol. Quando quiseres descansar, caminharás... e o dia durará quanto queiras.
— Isso não adianta muito — disse o acendedor. — O que eu gosto mais na
vida é de dormir.
— Então não há remédio — disse o principezinho.
— Não há remédio — disse o acendedor. — Bom dia.
E apagou seu lampião.
Esse aí, disse para si o principezinho, ao prosseguir a viagem para
mais longe, esse aí seria desprezado por todos.1
Deus tem sempre uma
saída, uma estratégia, para resolver os problemas das pessoas que estão sempre
ocupadas. Essa singela história do “acendedor de lampião” demonstra o grande
problema daqueles que oscilam entre os dois extremos do uso inadequado do
tempo: a preguiça (querer dormir sempre) e o ativismo (trabalhar sem
descansar), mas explica-se que era possível otimizar o ritmo da vida, desde que
se caminhasse no compasso correto para assim poder descansar e, ao mesmo tempo,
não deixar de lado as obrigações (o “regulamento”). Note-se que o acendedor
informou que o planeta, com o tempo, passou
a girar mais rápido, não
tendo sido alterada sua rotina de atividades, o que transtornou sua vida
terrivelmente.
No cotidiano,
igualmente, as pessoas estão cumprindo tarefas sem entender a razão de assim o
fazerem e, com isso, tornam-se pessoas cansadas e sem alegria. A última
reflexão do pequeno príncipe, na história contada, aponta para a seguinte
verdade: Os que não quiserem se adequar à realidade da vida serão, no final,
“desprezados por todos”. E se a pessoa não quiser fazer nada para mudar o
quadro, “não haverá remédio” para curar tal ferida. Isso se parece muito com as
descrições feitas por Salomão quanto àqueles que se dão à preguiça — a “pobreza
chegará de repente, como um ladrão, e a sua necessidade cairá sobre você de
surpresa, como um bandido armado” (Pv 6.11, NBY) — e ao ativismo — "...
quem se apressa erra no caminho” (Pv 19.2, NBV).
I. Uma Vida que Vale a Pena
A verdadeira riqueza
Todo o mundo quer ser rico, mas a verdadeira riqueza não será achada
enquanto a pessoa estiver longe de Deus, a Suprema Riqueza. Conhecendo Deus, a
pessoa deixará de buscar desenfreadamente os bens materiais e começará a
valorizar as coisas simples (que são as mais importantes), dando atenção aos
pequenos detalhes, investindo em iniciativas humanistas, cultivando nobres
propósitos no coração e, sobretudo, desejando ser um instrumento do Senhor na
terra. Isso fará da pessoa um milionário, em todos os aspectos, como disse C.
S. Lewis: “Se você aspirar ao céu, ganhará a terra ‘de lambuja’; se aspirar à
terra, perderá ambos”.2 É com essa decisão vital de anelar as coisas mais
importantes — as que agradam ao Senhor, o céu — que cada um terá o melhor de
Deus nesta vida e na eternidade.
O triste, porém, é
que não é fácil encontrar uma pessoa rica de verdade, não obstante existam
muitos endinheirados. As pessoas mais ricas do mundo são aquelas que estão bem
perto de Jesus todos os dias, que constroem um casamento sólido, amam a família
e trabalham em algo que faça sentido para elas e para Deus.
Phil Callaway afirma,
com razão, que “rico é o homem cuja mulher corre para seus braços, mesmo tendo
as mãos vazias”.3 De fato, a real noção de ser rico passa impreterivelmente
pela posse de coisas que não podem ser consumidas pela traça, ferrugem, nem
podem ser roubadas, como o amor de alguém que está ao seu lado.
A atriz inglesa Judy
Garland (1922-1969) foi, certa vez, chamada de lenda por um repórter, ao que
ela retrucou: “Se sou uma lenda, como você diz, por que estou sozinha? Vou lhe
dizer uma coisa: tudo bem ser uma lenda, desde que tenha por perto alguém que
te ame”.4 Somente se vive uma vida que vale a pena se houver a descoberta do
real significado da existência: Deus — a verdadeira riqueza.
Definindo princípios
Como visto, o primeiro passo é ter um encontro real com Jesus e a
pessoa tornar-se rica. A partir daí, todos os princípios que definirão o uso
otimizado do tempo serão estabelecidos, pois o indivíduo verá a vida não mais
sob o prisma do egoísmo. Ele entenderá a necessidade de amar o próximo e
sonhará em ter uma família feliz. Afinal, homens ricos têm famílias felizes, porém
os homens que “curtem a vida adoidado” (lembrando um filme norte-americano
lançado em 1986) conseguem, no máximo, ter amantes. No fim, amargarão a
solidão, não poderão ter álbuns de família, nem colocarão os netos no colo,
pois desprezaram, ao longo da existência, a fidelidade familiar. E a lei da
semeadura.
Nesse sentido, há um ditado africano que diz: “Se alguém quer ir
rápido, vá sozinho; se quiser ir longe, vá com alguém”. Os que gastam o tempo
no maximus de sua disponibilidade, freneticamente, apenas com interesses
egoístas, poderão até alcançar lugares altos rapidamente, mas decerto seguirão
sozinhos e dificilmente serão felizes.
Morrie Schwartz afirmou:
— Estou morrendo, certo?
— Certo.
— Por que acha que
é tão importante para mim escutar os problemas
dos outros? Já não estou
carregado de dor e sofrimentos? É claro que estou. Mas doar-me a outros é o que
me faz sentir vivo. Não é a minha casa nem o meu carro. Não é o que o espelho
me mostra. Quando doo o meu tempo a alguém, quando consigo fazer alguém que
está triste sorrir, sinto-me quase tão sadio como fui antes.
— Faça aquilo que vem do
coração. Fazendo, não ficará insatisfeito, não sentirá inveja, não estará
aspirando a bens que pertencem a outros. Pelo contrário, ficará assombrado com
o que receberá de volta.
Otimizar o ritmo da vida
inclui, necessariamente, a dependência de Deus e dos semelhantes. Jesus, na
noite em que foi traído, caminhou para o Getsêmani porque dependia de Deus, mas
foi com três discípulos, porque precisava de apoio e oração dos seus amigos (Jo
17.21; 1 Jo 3.16).
A importância do próximo
Deus dá inúmeros dons aos homens, porém nenhum desses dons pode ser
usado para proveito próprio, mas sempre em função dos outros. E isso deve ser
feito de todo coração, pois aqueles que vivem exclusivamente para si, (como o
mar morto, que nada cede a ninguém), estão fadados ao insucesso pessoal, ainda
que possuam muitas riquezas. Quando se segue com propósito na vida, entende-se
como imprimir o ritmo correto na jornada.
Para se ter ideia da importância do próximo, foi realizada uma
pesquisa cuja conclusão demonstrou que a mera expectativa de “desconexão
social” traz enormes malefícios para o corpo e mente, ocasionando desde lapsos
de memória, perda de audição, até o descontrole emocional e a diminuição da
capacidade de raciocinar, ou seja, sem existir vida social com propósito
dificilmente a pessoa conseguirá levar a vida no ritmo de Deus.6
Conta-se
que um antropólogo, que realizava estudos numa tribo africana, propôs uma
competição: a criança que chegasse primeiro a uma árvore ganharia todos os
doces que estavam ali em um cesto. Quando foi dada a largada, as crianças deram
as mãos e saíram correndo à árvore mencionada, e lá repartiram o prêmio.
O antropólogo perguntou
por que elas fizeram aquilo, ao que responderam: “Como uma de nós poderia ficar
feliz se todas as outras estivessem tristes?”.
Que belo exemplo! O
melhor de Deus está em viver uma vida em que se busque, sobretudo, o sorriso
das outras pessoas.
II. Cuidando de si Mesmo
Corpo, templo do Espírito
Otimizar o ritmo da vida implica, também, investir tempo para cuidar
de si mesmo, como recomenda Paulo (1 Tm 4.16). Infelizmente, porém, muitas
pessoas estão aceleradas demais, procurando alcançar com urgência um “lugar ao
sol” e, assim, perdem as coisas mais importantes, inclusive a saúde. Outras,
inertes, sedentárias, preguiçosas, igualmente não fazem a vontade de Deus.
É necessário que o corpo receba uma alimentação saudável e seja
exercitado com frequência, moderadamente, por todas as pessoas. Paulo, ao
mencionar o exercício corporal, diz que, em relação à piedade, ele tem pouco
proveito (1 Tm 4.8), mas, com isso, ele não estava desprezando a atividade
física, que é indispensável para manter a saúde e a boa forma do templo do
Espírito Santo (1 Co 6.19).
Todavia, para encontrar oportunidade de cuidar bem do corpo, talvez
seja preciso fazer como Jacó: andar “no passo do gado [...] e dos meninos” (Gn
33.14). Ou seja, reduzir a velocidade de algumas tarefas e abolir outras. Essa
atitude de prudência e moderação (Tt 2.2,6) é uma recomendação importante para
que se possa ir mais longe com saúde, pois para a tarefa de evangelizar o mundo
o Mestre precisa, notadamente, de obreiros fortes, e não de doentes por falta
de cuidados com o corpo.
Mente, sede dos pensamentos e emoções
Há uma guerra em
curso na mente de todas as pessoas. Nesse campo de batalha, há conflitos de
natureza emocional e espiritual. Diante disso, a Bíblia recomenda que o cristão
utilize o capacete da salvação, de maneira que a mente esteja bem protegida (Ef
6.17). Jesus é um extraordinário exemplo para todos, pois ele cuidou como
ninguém de sua saúde emocional, amando indistintamente e perdoando a todos, independentemente
dos danos morais suportados. Augusto Cury aborda esse aspecto:
O mestre de Nazaré não
dormia com seus inimigos, pois nenhum homem era seu inimigo. Os fariseus podiam
odiá-lo e ameaçá-lo, mas todo o ódio de um homem não o qualificava para ser seu
inimigo. Qual a razão? A razão era que ninguém conseguia transpor sua capacidade
de proteger a sua emoção. Não permitia que a agressão dos outros tocasse sua
alma.
Este é exatamente o
ponto importante. Deixar a mente envolvida com pensamentos saudáveis,
edificantes, blindada pelo amor e ternura, apresenta-se indispensável para uma
boa saúde emocional, espiritual e física, evitando inclusive doenças
psicossomáticas.
Família, fonte de alegria
O maior tesouro que um homem possui é sua família, composta por um
homem, uma mulher e filho(s), pois sem ela não há futuro. Por isso, Adei
Stephen aduz que “a administração do tempo deve ser dirigida pelo que é mais
importante para nós — o nosso relacionamento com Deus, nosso cônjuge e nossa
família”.8 Inequivocamente, a maior fonte de alegria para uma pessoa é sua
família. O professor Morrie Schwartz, imobilizado em sua cama, assim pontificou
sobre família:
[...]
é muito importante amar alguém e ser amado. É fácil compreender isso,
principalmente numa fase como esta em que estou com uma deficiência de saúde. É
ótimo ter amigos, mas os amigos não estarão aqui numa noite em que tusso muito
e não durmo e preciso de alguém para ficar ao meu lado, me dar força e me
prestar ajuda.
A perspectiva de ter um
futuro de amor e ternura, como foi o de Morrie, depende de que o homem invista
parte significativa do seu tempo (sugere-se pelo menos um dia por semana) com
aqueles que Deus colocou para dividir, em família, o dom da vida. Pode-se
escolher as sementes que serão semeadas no solo do presente, mas a colheita
futura não se pode escolher. Será da mesma natureza (e maior quantidade)
daquela que foi semeada.
III. 0 Ponto Optimus
Fazendo o mais fácil
Deus sempre tem um tipo ideal de tarefa para seus filhos: a mais
fácil. Aos homens ficou a incumbência de realizar apenas as coisas fáceis. A
parte difícil fica na responsabilidade do Senhor.
Jesus ensinou aos discípulos esse princípio básico do Reino: nos
projetos de Deus, a participação humana será mínima, mas mesmo assim o homem
deverá dar o máximo de si, atuando com todas as forças, fazer o que estiver ao
seu alcance, pois sem esforço nada de bom acontecerá. Dessa forma,
independentemente das condições pessoais, deve-se agir com coragem, movidos por
amor e fé, para atender ao próximo. Afinal, onde existe amor, existe milagre.
Foi isso, por exemplo, que aconteceu nas multiplicações dos pães e
peixes. Os discípulos estavam cansados, mas o Senhor mandou que eles dessem de
comer à multidão. Os seguidores de Cristo não deveriam perder a chance de
servir os outros sacrificialmente, pois isso geraria abundância tal que os
alcançaria também.
Naqueles desertos em que Jesus estava, Deus preparou um banquete (SI
78.19). A multidão e os discípulos foram impactados pela multiplicação dos pães
e peixes, que alimentaram a todos e ainda sobraram vários cestos cheios. Os
discípulos agiram no optimus e tudo aconteceu maravilhosamente.
Ocorre
que, em muitos casos, os homens querem fazer a parte de Deus (multiplicar pães
e peixes) — o difícil —, e entram em grande aflição, pois terão que usar o
ponto maximus de sua disponibilidade e não alcançarão os resultados desejados;
ademais, estarão sob intenso estresse, longe do ponto optimus, longe da
felicidade.
Fazendo no melhor prazo
Há
uma interessante história infantil que mostra como é bom fazer as coisas-íio
melhor tempo, e que não são os mais velozes (que agem no maximus) que sempre
chegam primeiro. Ei-la:
Certo
dia, um Coelho zombou das pernas curtas e do passo lento da Tartaruga, que
respondeu, sorrindo: “Embora você seja rápido como o vento, vencerei você numa
corrida”.
O Coelho,
acreditando ser simplesmente impossível a declaração da Tartaruga, aceitou o
desafio; concordaram que a Raposa deveria escolher o roteiro e determinar onde
seria a chegada.
No
dia da corrida, os dois começaram juntos.
A
Tartaruga nem por um momento parou; antes, prosseguiu num passo lento, mas
constante até o final da pista.
O
Coelho deitou-se à beira do caminho e adormeceu depressa. Tendo finalmente
acordado, moveu-se tão depressa quanto pôde, e viu a Tartaruga que, tendo
atravessado a linha de chegada, estava confortavelmente cochilando depois de
sua fatigante corrida.
O
lento, mas constante, é o que vence a corrida.
Fazer
as coisas no melhor prazo, não significa realizá-las de maneira rápida.
Observe-se que o coelho da fábula, ao parar à margem da estrada, logo dormiu.
Nisso há a ideia de que ele agia no maximus e, por tal razão, adormeceu
rapidamente. Já a constante tartaruga, seguia esforçadamente no seu ritmo da
vida e, no fim, como recompensa, também repousou, não como o coelho (o descanso
dos estressados), mas pôde dormir o sono “dos justos”, por ter feito as coisas
no melhor prazo. A tartaruga não bateu o recorde de velocidade, mas mostrou que
era possível ser feliz fazendo as coisas apropriadamente, seguindo no ritmo que
Deus lhe concedeu. Interessante; uma tartaruga pode viver mais de cem anos,
porém um coelho não vive sequer dez.
Fazer
as coisas no melhor prazo é uma decisão inteligente. No Egito, por exemplo,
houve uma terrível chuva de grandes pedras, tendo as plantações de linho e
cevada sido danificadas, pois já estavam, respectivamente, na espiga e na haste, mas as
lavouras de trigo e centeio não foram feridas, pois as sementes ainda estavam
sob o solo (Êx 9.31,32). Observe-se que os plantadores de linho e cevada não
realizaram a semeadura no melhor tempo, não obstante fosse o mais oportuno do
ponto de vista agrícola. Resultado: tudo se perdeu. Diferentemente do que
aconteceu com os que semearam trigo e centeio. Tudo indica que estavam
atrasados, porém, de fato, realizaram a obra no optimus, pois, no fim das
contas, tudo se salvou.
Aceitando os resultados
Sucesso é uma palavra bem incerta e de vantagem duvidosa. Ser
insultado, por exemplo, não deve ser interpretado como um objetivo que se quer,
mas pode ser o querer do Senhor, pois aos olhos de Deus as coisas são
diferentes; afinal, o que é “um sucesso” diante dos homens não o é, na maioria
das vezes, diante de Deus (Lc 16.15).
Observe-se a vida do Filho de Deus. Uma das características que mais
charqou a atenção foi sua capacidade de viver acima das circunstâncias
desagradáveis. Sob a perspectiva humana, sua vida não foi um sucesso, mas Ele
sempre vivia como uma águia que planava sobre as nuvens da tempestade. Ele
soube enfrentar o caos como ninguém, navegando bem em qualquer cenário. Ao ser
aclamado como Messias... ou ao ser fortemente insultado pelos pecadores. No
mais profundo poço de angústia, o Senhor abriu sua boca para exalar perdão,
gratidão... Para fazer poesia. Isso é otimizar a vida no ritmo de Deus.
Pedro explicou o que acontecia com Jesus, da seguinte forma: “Quando
era insultado, Ele não revidava com insultos; quando era maltratado, não fazia
ameaças, mas entregava-se a Deus, que julga retamente (1 Pe 2.23, VFL). E, em
verdade, o Pai julgou-o retamente, dando-lhe um nome que é sobre todo nome,
para que todos o adorem como Senhor e Deus (Fp 2.8-11). Ele sabia aceitar os
resultados da obra do Pai.
Deus nunca
permitiria que aquele que o serviu com tanto amor ficasse prostrado no chão da
vergonha. Jesus recebeu honras de Rei, por seu Pai, no Lar Eterno. Está
escrito: “Abram bem os portões [...] e entrará o Rei da glória. Quem é esse Rei
da glória? É Deus, o Senhor, forte e poderoso, o Senhor, poderoso na batalha
(SI 24.7,8, NTLH).
Você está sendo
insultado injustamente? O que aconteceu com Jesus, acontecerá com você.
Disse Jesus: “Felizes são
vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo'de calúnia contra vocês
por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa
está guardada no céu para vocês [...]” (Mt 5.11,12, NTLH). Deus sempre tem a
última palavra.
Les Parrott pontua isso
de maneira magistral:
[...] à medida que
adquire sabedoria [...] você aprende a tolerar as incertezas da vida bem como
seus altos e baixos. Você tem uma noção de como as coisas funcionam ao longo do
tempo e de como Deus pode ajudá-lo a compreendê-las. Pessoas sábias geralmente
partilham um otimismo que as mantém seguindo em frente, e elas experimentam uma
calma quando enfrentam decisões difíceis. Em outras palavras, elas veem a
situação como um todo."
Entretanto, mesmo que tudo
tenha dado errado... Se, no fim da vida, a pessoa analise que, de modo
objetivo, nada de bom aparentemente aconteceu, ainda terá sido gratificante o
enriquecimento pessoal de haver desfrutado da companhia de Deus, e por ter
sobrevivido pela fé em meio a tantas aventuras desafiantes, pelas perigosas e
empolgantes estradas deste mundo.
Fonte: Livro
TEMPO PARA TODAS AS
COISAS
Aproveitando as Oportunidades que Deus nos dá
REYNALDO ODILO
Ia
Edição CPAD Rio de Janeiro 2017
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