"JOVENS" LIÇÃO 7- A Ansiedade pela Vida

INTRODUÇÃO
I - TESOUROS TERRESTRES X TESOUROS CELESTES: EM QUAL DELES ESTÁ O SEU CORAÇÃO?
II - A MALÍCIA E A PUREZA DOS OLHOS
III - OS DOIS SENHORES, A ANSIEDADE PELA VIDA E O DIA DE AMANHÃ

CONCLUSÃO

Prezado professor, a Paz do Senhor!

Inicie o estudo da lição fazendo a seguinte indagação: “O que significa estar ansioso?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Diga que na lição deste domingo vamos estudar a respeito dos males da ansiedade. Em seguida, juntos, leiam o 
Texto Bíblico. Depois, explique que ansiedade não é somente uma leve preocupação, mas um “grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia”. Em seguida, peça que os alunos citem o que podemos fazer para evitar esse mau. À medida que forem falando vá relacionando no quadro. Depois, ore ao Senhor pedindo que Ele nos guarde e nos livre da ansiedade.
Não se esqueça que o objetivo principal da lição é: “Avaliar onde se encontra o “coração” e mostrar-se disponível à necessária mudança e conversão de rumos”. Suas ações didáticas devem ser desenvolvidas para alcançar essa finalidade.

“Considerando que temos um Senhor bom e atencioso no céu, os discípulos podem ser generosos aos outros porque sabem que Ele tomará conta daqueles que o servirem. O verbo traduzido por ‘andeis cuidadosos’ (
merimnao) ocorre sete vezes neste Evangelho. ‘Não se preocupe’ é a mensagem de grande consolo de Jesus para o verdadeiro crente. O imperativo presente negativo indica que não devemos continuar preocupando. O verbo também tem a conotação de esforçar-se ativamente; Lucas o usa no seu relato sobre ocupada Marta, que se preocupava por muitas coisas, mas perdia a mais importante (Lc 10.41). Note o uso do verbo ‘andeis [...] inquietos’ para descrever esta ação, no versículo 32.

Jesus dirige a atenção da audiência para pássaros comuns e relativamente significante (v. 26), que mesmo não se preocupando com provisões, como as pessoas se preocupam, Deus os sustenta. Considerando que Deus estima os seres humanos mais que os pássaros, é certo que Ele proverá a subsistência dos discípulos. A descrição de Deus como ‘vosso Pai celestial’ torna a garantia mais intensa: Aqueles que gozam da relação com Deus como filhos têm a preocupação e atenção paterna. Jesus não está racionalizando a preguiça ou a irresponsabilidade; antes, Ele está atacando um tipo de preocupação que surge da falta de fé e que é exibida num estilo de vida obcecado por provisões.

Este sintoma de ‘pequena fé’ (v. 30) revela uma doença espiritual que presume e age como se Deus não se importasse ou fosse incapaz de dar sustento. Expressa, com efeito, presunção ateísta, pois a pessoa se comporta como se Deus não estivesse presente a tento. A palavra grega 
psyche (v. 25, ‘vida’) diz respeito à alma, mas também se refere à vida geral, se bem que a palavra é colocada em paralelo com ‘o corpo’.

Nos versículos 28 a 31, Jesus apresenta outra razão para a pessoa não se preocupar. Os lírios não trabalham, e Deus os veste esplendorosamente. A expressão: ‘Salomão, em toda a sua glória’ também foi mencionada nos escritos rabínicos. As maravilhas das riquezas salomônicas, contudo, suas roupas eram ‘trapos’ em comparação aos lírios vestidos por Deus.

Jesus ainda contrasta as flores e relvas de vida curta, mas bem vestidas, usadas como combustível, com os discípulos mais valorizados. O Antigo Testamento expressava o caráter temporário destas plantas em relação à brevidade da vida. Jesus promete que o Pai fará ‘muito mais’, por seus filhos. Ele chama os discípulos que se preocupam de ‘vós’, homens de pequena fé.

Esta palavra ocorre cinco vezes em Mateus (seis vezes no Novo Testamento inteiro); Jesus a usa para repreender e corrigir os discípulos. Pouca fé revela ignorância, é ineficaz e cria grande perigo. Neste ponto, fé é essencialmente confiança.

Nos versículos 31 e 32, Jesus proíbe que torçamos as mãos de preocupação, imaginando como sobreviveremos. Com a estimativa de tal preocupação, Jesus repreende a audiência judaica, ‘porque todas essas coisas os gentios procuram’ (v. 32). A implicação é deixar de agir como pagãos. O tempo presente do verbo ‘procurar’ descreve um estilo de vida. ‘Vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas’ identifica que a ação pagã é incredulidade para com Deus. A relação íntima com o bom Pai celestial deixa seus filhos certos de que Ele sabe cada uma das necessidades deles e está muito propenso a atuar seu amor promovendo-lhes a subsistência.

Nos versículos 33 e 34, a palavra ‘primeiro’, colocada no início da sentença grega para dar ênfase, mostra que o assunto não é se a pessoa deve trabalhar, mas qual deve ser sua prioridade. As preocupações do Reino devem vir em primeiro lugar na mente dos discípulos. A força do imperativo presente ‘buscai’ indica que se trata de preocupação e atividade constantes do discípulo. Da mesma maneira que os pagãos consomem todo o tempo buscando segurança financeira, os discípulos promovem constantemente o Reino acima de tudo; a causa do Reino é a nossa paixão. Quando esta prioridade é estabelecida, segue-se a provisão do Reino.

A meta do Reino é a ‘justiça’. Jesus a redefine radicalmente dizendo que é mais que justiça legalista. A justiça de Deus leva em conta o perdão e a absolvição. Oferece misericórdia quando é merecida, até aos maiores ofensores. O mundo acha escandaloso tal marca de justiça. Este estilo de vida de buscar a justiça do Reino edifica-se sobre a bem-aventurança apresentada por Jesus no princípio do sermão: ‘Bem-aventurados os que continuamente têm fome e sede de justiça’; Ele prometeu que eles seriam ‘saciados’. Vemos que esta abundância também inclui provisão física.

O discípulo recebe o mandamento de não se preocupar com o amanhã. Estabelecer o Reino só pode ser feito hoje; amanhã não é prometido. É no presente, não no passado ou futuro, que entramos em contato com a eternidade. Cada dia tem dificuldades ou coisas ruins o bastante para nos manter ocupados. Isto não quer dizer que o discípulo não deva fazer planos; até Jesus fazia planos e se orientava para uma meta e destino em Jerusalém.” 


Extraído de Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento.7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 57-59.

Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Jovens
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