A queda da raça humana (melatias blog)















    Segundo Myer Pearlman, a Tentação, desde o início, destaca ao ser humano que o caminho de obediência a Deus não é fácil. Isso quer dizer que o ser humano terá escolhas a fazer nos termos de Deuteronômio 30.15: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal". A Tentação está prevista na perspectiva da impossibilidade de conter a ansiedade de entrar em contato com o que foi proibido. Por isso, ela é sutil, pois, pela sua sutileza, a natureza humana será envolvida em seus desejos e vontades: nisto consiste a tentação.
    Ao dizer "sim!" para a tentação e colocá-la em prática, se estabelece no ser humano o estado de Pecado. Em seguida, a culpa toma conta da sua consciência, ao ponto de o ser humano viver num estado de cauterização em sua consciência, de modo que ele não mais atende aos apelos do Espírito Santo: nisto consiste o estado da culpa.
   Uma vez praticado o pecado, por intermédio da tentação, e estabelecido o sentimento de culpa, instala-se, na realidade humana, o Juízo.
   No Éden, o Juízo se deu sobre a serpente (de formosa e honrada, a um animal degradado e maldito), sobre a mulher (multiplicação das dores de parto) e sobre o homem (comer com o suor do rosto), constituindo, porém, o maior de todos os juízos: a morte física e a morte eterna.
   Entretanto, a história da humanidade não seria para sempre condenada à terrível realidade de viver para sempre longe de Deus. O Pai, por intermédio do Seu Filho, proveria um escape para redimir a vida do ser humano: "Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Rm 5.17-19). 

Nenhum comentário: